Alemã, inglesa, belga ou americana? Com características e origens distintas, cada cerveja tem uma personalidade diferente e é influenciada por uma das quatro escolas cervejeiras.
Das bebidas tradicionais alemãs, fabricadas a partir de malte, água, lúpulo e levedura, às criativas belgas, com alto teor alcoólico e adição de ingredientes como canela, anis, casca de laranja e outras especiarias, cada cerveja tem seu estilo e reflete as tradições de sua região.
Acompanhe nosso post para entender mais sobre o tema e conhecer os diferentes sabores e origens!
Descubra as diferentes escolas cervejeiras
Embora existam outras tendências na fabricação da cerveja, as quatro regiões citadas exerceram grande influência nas técnicas de produção. Por isso, ficaram conhecidas como escolas cervejeiras.
As bebidas mais tradicionais são as alemãs. Já as americanas seguem tendências mais recentes e se destacam pelos diferentes sabores, maior teor alcoólico e amargor.
Leveduras: entenda o que são
Para compreender melhor as técnicas de fabricação é preciso saber mais sobre as leveduras, que são, na verdade, fungos responsáveis pelo processo de fermentação. Ou seja, são organismos que transformam o açúcar em álcool e gás carbônico.
Basicamente, existem dois tipos (ou famílias) de cervejas, que são produzidas a partir de leveduras distintas:
- ale, de alta fermentação;
- lager, com baixa fermentação
Escola alemã: tradição
Englobando outros países além da Alemanha, como Áustria e República Tcheca, as cervejas produzidas nessa escola se destacam pela Lei da Pureza.
De acordo com a Lei da Pureza, de 1516, as bebidas não admitiam muitos ingredientes, apenas água, malte, lúpulo e levedura. O lúpulo era adicionado para conservá-las por mais tempo.
Antes do século XV, só era possível produzir cerveja durante o inverno. Para garantir o consumo durante todo o ano, os alemães armazenavam blocos de gelo em cavernas. Com isso, acidentalmente criaram uma levedura resistente ao frio, capaz de produzir cervejas que destacavam características do malte e do lúpulo.
Vem daí a levedura de baixa fermentação (lager), que dá origem a maior parte das cervejas produzidas na região. No entanto, também são produzidas algumas ales.
Escola belga: criatividade
Na Bélgica, embora a fabricação mantenha técnicas antigas, o experimentalismo sempre foi permitido. Assim, tudo que pudesse adicionar sabor à bebida foi testado: especiarias, frutas, cereais e mel.
No passado, a bebida era produzida em monastérios, usando diferentes leveduras e até mesmo fermentação espontânea (com a cerveja exposta à ação do ambiente). Hoje, o pequeno país conta com mais de 200 cervejarias, que produzem os mais diferentes sabores.
Algumas cervejas belgas são consideradas as melhores do mundo. As frutadas, com paladar seco e mais alcoólicas, agradam especialmente aos apreciadores de vinho.
Escola inglesa: estilo clássico
As cervejas inglesas são mais equilibradas, produzidas principalmente a partir de leveduras ale. As bebidas tendem a ser mais aveludadas e cremosas.
Existem produtos com diferentes teores alcoólicos, desde bebidas mais delicadas até mais intensas e lupuladas.
Escola americana: inovação
Tendência mais recente, a escola americana produz bebidas com diferentes sabores, intensidade de amargor e teor alcoólico. A cerveja chegou aos Estados Unidos com a colonização inglesa, mas com influência dos grupos imigrantes de outras regiões, inclusive ingleses, alemães e holandeses.
Com isso, a principal característica da cerveja americana é a criatividade e a variedade de ingredientes, misturando um pouco de cada escola anterior.
Como você percebeu, as diferentes escolas cervejeiras produzem bebidas com características bem específicas, que refletem a história de suas regiões, sua colonização e as preferências e a personalidade de sua população.
Confira nos links abaixo mais cervejas de cada escola:
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3 comentários
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