A Bélgica é referência em cervejas já há bastante tempo, afinal, lá foram criados diversos estilos únicos e inconfundíveis, com diversas caracteríscas peculiares, além de possuírem uma cultura cervejeira muito rica entre sua população.
Os belgas produzem uma imensa variedade de estilos, desde claras e refrescantes, escuras e alcóolicas até cervejas ácidas e complexas.
Existem alguns estilos clássicos de abadia, que eram tradicionalmente produzidos em monastérios mas que se tornaram muito famosos e hoje podem ser produzidos por qualquer cervejaria. As famosas trapistas ainda são produzidas dentro de monastérios trapistas e sua produção é supervisionada por monges, recebendo um selo de certificação oficial dessa ordem religiosa.
Pensando nisso, vamos apresentar 3 estilos de cerveja belga que eram produzidos tradicionalmente em abadias, no monastério de Maredsous. Boa leitura!
1. Blonde
A cerveja Blonde talvez seja a mais conhecida, pois, além de ser muito fácil de ser consumida em razão do seu grau baixo de amargor, ela tem aquela típica coloração amarelada das cervejas mais tradicionais. Ela é bastante agradável, sendo uma boa alternativa para quem está iniciando as experimentações de cervejas artesanais.
Ela tem corpo médio e uma doçura também muito equilibrada e suave, proporcionando uma degustação na qual você poderá sentir sabores de frutas com toque leve de especiarias.
Na hora de combiná-la com alguns alimentos, prefira carnes brancas ou queijos moles, como o brie ou camembert.
2. Dubbel
A cerveja belga Dubbel remonta às tradições de fabricação de cerveja no estilo monástico desde o século XVIII. Apenas com essa informação já dá para imaginar o tanto de história por trás de cada garrafa.
Esse estilo de cerveja belga tem uma cor marrom escura que pode variar entre tonalidades acobreadas ou marrom claro e sabor acentuando de frutas secas, especiarias e ervas. Seu teor alcoólico é mediano e o amargor do lúpulo é equilibrado com maestria com o dulçor do malte.
Para combinações harmoniosas à mesa, experimente degustar a sua Dubbel com pratos complexos e intensos, como as carnes de caça tipo cordeiro, pato e veado, ou carnes mais gordurosas, como a de porco e a costela.
Se a pedida for apenas ficar petiscando e conversando com os amigos, a sugestão é escolher queijos de sabores marcantes, como o Gorgonzola ou os curados. Para fechar com chave de ouro, eleja sobremesas à base de frutas frescas ou de um chocolate de boa qualidade.
3. Tripel
A Tripel é aquele tipo de cerveja bastante consumido na Bélgica e que acabou fazendo fama e ganhando destaque também ao redor do mundo. Suas origens remontam às antigas convenções do monastério, no período em que eram fabricadas cervejas nas abadias. Ela tem como grande diferencial em relação às cervejas Dubbel a tonalidade da bebida, que vai do amarelo suave até um tom de dourado intenso.
Uma curiosidade é que algumas versões desse estilo de cerveja belga podem apresentar certa turbidez, devido ao processo de fermentação secundária em garrafa empregado na sua produção.
Seu teor de álcool é alto o que exige atenção, já que na boca ela desce macia, em uma mistura de sabores doces, picantes, amargos e cítricos, finalizada com um uma formação de espuma aveludada e cremosa.
O aroma da Tripel oferece notas de frutas e especiarias e a coloração da cerveja varia entre tons de um dourado suave a um âmbar levemente esmaecido. Para que as combinações gastronômicas sejam perfeitas, sugerimos que combine a Tripel com aves de caça, como a codorna ou o faisão. As comidas mais picantes também harmonizam bem com ela, assim como os queijos duros.
Agora que você já conhece 3 estilos de cerveja belga que eram produzidas em abadias, compartilhe este post nas suas redes sociais e ajude seus amigos a ficar por dentro do assunto!
