O mundo do vinho pode ser dividido entre a tradição e a modernidade. O primeiro refere-se às regiões localizadas na Europa onde a bebida teve origem (conhecido como Velho Mundo), e o segundo a todos os países produtores de outros continentes, como África do Sul, Estados Unidos e Uruguai (Denominado Novo Mundo).
O processo de produção de vinhos no velho e no novo mundo são diferentes. Cada uma das localizações apresenta particularidades em relação às regras e técnicas aplicadas que influenciam no sabor, aroma e aspecto visual da bebida.
A seguir, apresentando as principais diferenças entre os vinhos feitos na tradição do continente europeu e na modernidade do novo mundo.
Produção em terroir
Com origem na França, o termo terroir diz respeito a um conjunto de fatores ambientais que influenciam nas características do vinho, como solo, clima, chuvas, altitude e relevo do local onde as uvas são cultivadas.
O terroir é o aspecto mais importante nos vinhos do velho mundo. Por isso, as bebidas são rotulados de acordo com o local de origem. Um vinho produzido em Bordeaux, na França, é identificado com o nome dessa região, por exemplo.
Tradição
No velho mundo do vinho, manter a tradição é prioridade na elaboração dos vinhos. As técnicas utilizadas na produção da bebida foram passadas de geração em geração e são determinantes para a preservação das características do vinho feito em cada região.
Por isso, a tecnologia é pouco empregada nas vinícolas europeias e existem regras e legislações rígidas sobre como os vinhos precisam ser feitos em cada local.
Sutileza
Os vinhos do velho mundo geralmente são mais sutis que os do novo mundo. A junção dos processos tradicionais empregados na produção e o terroir das regiões europeias proporcionam aspecto visual, sabores e aromas delicados à bebida.
Normalmente, são vinhos com cores menos intensas, corpo mais leve, acidez elevada, taninos evidentes, poucas frutas e forte presença de aromas terrosos e minerais.
Produção em castas
Se no velho mundo do vinho o aspecto mais importante é o terroir, o mesmo não acontece no novo mundo. Nas regiões fora da Europa, normalmente os vinhos são caracterizados pelas castas de uvas, ou seja, as variedades de frutos que são utilizados na produção.
Por exemplo, um vinho elaborado com a uva Malbec na França é denominado pela sua região de origem. No entanto, um vinho feito com a mesma casta de uva na Argentina é classificado como Malbec, independentemente do local no qual é produzido.
Inovação
No novo mundo, a tradição cede lugar às inovações. Sem as rígidas regulamentações das regiões do velho mundo, os produtores têm liberdade para investir em novas tecnologias e aprimorar os processos de produção constantemente.
Inovações, como ferramentas para análise do solo, colheita mecânica e irrigação industrial auxiliam na criação da bebida e permitem que as vinícolas elaborem vinhos para atender as demandas dos consumidores.
Intensidade
As técnicas e inovações empregadas na produção e principalmente as particularidades do clima dos países do Novo Mundo proporcionam à bebida características diferentes dos vinhos do Velho Mundo.
São vinhos com coloração forte, menor acidez, maior graduação alcoólica e presença acentuada de frutas.
A tradição dos vinhos produzidos em países da Europa, como França, Itália e Portugal, apresenta aos apreciadores uma proposta diferente das bebidas elaboradas em outras regiões do mundo. Contudo, existem excelentes opções em todas as regiões. Portanto, vale a pena explorar o mundo dos vinhos e desfrutar da produção de diversos locais.
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